segunda-feira, 31 de julho de 2017

ARTIGO - "Azelite" e o Povão (HE)


“AZELITE” E O POVÃO
Humberto Ellery*


Ninguém representa melhor aquilo que chamamos de Elite do que o Fernando Henrique Cardoso. Professor universitário, com mestrado e doutorado em Sociologia, intelectual de inegáveis méritos, poliglota, ocupou as principais posições políticas do País, sendo inclusive eleito Presidente da República por duas vezes.

No entanto tem uma inesgotável capacidade de dizer bobagens. Senão vejamos: 

Quando a Dilma foi criticada por suas hospedagens em hotéis caríssimos, como o St. Regis em New York (US$ 10,000 a diária), ou nos seus congêneres em Portugal, Roma e Paris, quando antecipou sua ida à COP-21 em três dias para usufruir um fim de semana de dolce far niente no mais caro e luxuoso hotel da Cidade Luz, o FHC cunhou uma frase que se transformou num bordão: "A Dilma é uma mulher honrada!".

Também quando ela decidiu fazer três paradas não programadas, simplesmente turísticas, em uma viagem à China, aumentando o custo da viagem em R$ 433.000,00, de novo: "A Dilma é uma mulher honrada!".

Da mesma forma quando veio a público o custo absurdo para transportar de S. Paulo a Brasília, às custas do Palácio, um cabeleireiro para ela se empetecar, ou quando ela subiu os gastos com o cartão corporativo em 62%, ou ainda os gastos de inacreditáveis R$ 13.000.00 por mês com a gasolina de sua filha em Porto Alegre. Mais uma vez: "A Dilma é uma mulher honrada!".

Até depois de surgir o escândalo de Pasadena (chamada pelo Governo "a ruivinha" de ferrugem), quando a Dilma disse ter-se louvado num relatório incompleto, um roubo descarado que causou um prejuízo de quase um bilhão de dólares à Petrobras, a mesma ladainha: "A Dilma é uma mulher honrada!".

O mais absurdo foi quando a Dilma, juntamente com sua parceira Erenice, numa jogada suja, abjeta, tentou enlamear a reputação da Dra. Ruth Cardoso com a divulgação fraudulenta do extrato de seu cartão corporativo. O FHC, com a cara mais deslavada: "A  Dilma é uma mulher honrada!". 

Aliás, por falar em D. Ruth, o FHC bem poderia ter aprendido com ela o significado da palavra "honra". Uma pessoa da maior dignidade, que lhe concedeu a honra de casar com ele, e, no entanto, o D. Juan de fancaria seguidamente a traiu em aventuras extraconjugais que geraram filho adulterino.

Pois não é que agora, quando o PT, escorado na Rede Globo, botou em funcionamento sua máquina de moer reputações, juntamente com os petistas Janot/Fachin, e secundados pelo açougueiro/criminoso Joesley acusam o Presidente Temer, numa história frouxa, mal alinhavada, de ter praticado corrupção passiva e obstrução da Justiça, o FHC assoma ao proscênio e declara, solene: "O Temer não tem mais condições de governar. Deve renunciar e convocar eleições diretas".

Não bastasse a estupidez inconstitucional de exigir o impossível, ainda por cima, sem nenhum dado concreto acerca da denuncia,  já investigou, julgou e condenou o Presidente Temer, e o sentenciou ao suicídio político.

Por causa desse posicionamento do mais alto expoente de nossa elite política, não me surpreendi com a pesquisa indicando 52% do eleitorado achando o governo da Dilma melhor que o do Temer.

Realmente, após o Temer herdar um governo que raspou os cofres (onde tinha dinheiro o governo Dilma “limpou”), entregou o País em meio à maior recessão da nossa história, da qual o Temer, em menos de um ano,  nos retirou e já começamos a crescer (lenta e inexoravelmente); entregou a inflação em quase 12%... e o Temer já a trouxe para civilizados 3,5%; deixou uma taxa de juros de mais de 14%... e o Temer já a trouxe para 9,25%; quebrou a Petrobras... que já começa a se recuperar. Dilma desestruturou o setor elétrico... que o Temer já colocou de volta nos trilhos; deixou um desemprego crescente... e o Temer já fez inverter a curva com uma, ainda tímida, criação de novos empregos. 

Temer passou a lei que limita os gastos públicos (com toda a dificuldade de governar daí decorrente); fez a reforma do ensino médio; cortou as amarras que nos prendiam à arcaica CLT; passou a lei das estatais; estão “na agulha” as reformas da Previdência, a Tributária, a Política. Seu Governo tem um norte, quer colocar o País de volta nos trilhos, o que aos poucos vai conseguindo, (apesar da dupla Janot/Fachin). 

Só mesmo um país alienado politicamente, “d’Azelite” ao “Povão”, para não perceber de que lado se encontram os verdadeiros interesses nacionais.



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